Dada a abundância de materiais ecologicamente viáveis que podem e devem ser utilizados na construção de casas, a construção sustentável está a tornar-se cada vez mais significativa. Ao incentivar a eficiência energética e melhorar a qualidade ambiental, estes materiais procuram diminuir os seus efeitos negativos no ambiente. Aqui estão alguns exemplos.
Bambu
É considerada a planta do futuro. O bambu é um substituto da madeira de rápido crescimento e ecologicamente sustentável, que pode ser colhido sem causar danos significativos. É utilizado em móveis, pisos e construções por ser robusto, leve e adaptável.
Isolamento de Celulose Reciclada
O isolamento de celulose, feito de papel reciclado, é uma forma mais ecológica de aumentar a eficiência energética da sua casa. Funciona bem como isolamento acústico e térmico.
Cimento Verde
Aproximadamente 8% das emissões de CO2 no mundo são causadas pelo setor cimenteiro. O cimento verde, uma potencial solução que promete diminuir drasticamente o impacto ambiental da construção, surge na procura de soluções mais amigas do ambiente.
Materiais reciclados, incluindo cinzas volantes, escória de alto forno e resíduos de construção, são usados para fazer cimento verde. Ao utilizar menos cimento, estes substitutos diminuem a pegada de carbono associada ao fabrico de cimento tradicional.
A utilização de materiais reciclados como cinzas volantes, escória de alto forno ou detritos de construção reduz a pegada de carbono do processo de produção.
Tijolos de terra crua
Argila e outros recursos naturais são usados para fazer tijolos de terra crua; sem ser necessário recurso a um forno. Os tijolos de argila são altamente eficientes em termos energéticos, pois não requerem a queima em forno e têm eficiência térmica excecional.
Outros materiais inesperados:
Numa reportagem sobre este assunto, uma revista traz exemplos de tecnologias inovadoras que foram inventadas para substituir os tijolos convencionais, algumas das quais são pelo menos inesperadas.
“Depois de mais de dez anos de pesquisa, a engenheira brasileira Gabriela Medero inventou um novo tipo de tijolo que contém 90% de resíduos de construção, além de eliminar a necessidade de queimar argila. Segundo a edição da revista brasileira, “K-Briq produz menos de um décimo das emissões de carbono no seu fabrico quando comparado ao tijolo comum."
A cortiça é outro material que a revista destaca: “Neste sistema de construção, que serve para construir a casa de cortiça, os blocos interligados de cortiça expandida são empilhados como blocos LEGO, sem necessidade de argamassa ou cola”. Edifícios feitos de tijolos podem ser facilmente desmontados, reciclados e reutilizados.
Depois, há os materiais mais surpreendentes: “Apelidado de Construção no local”, o projeto de estudante de Ellie Birkhead na Design Academy em Eindhoven, na Holanda, utiliza resíduos locais, como lã de uma quinta, estrume de cavalo de um estábulo ou cabelo de um salão de cabeleireiro para fazer tijolos de barro crus.
A construção sustentável é uma solução viável para o problema mundial de preservação ambiental, e não apenas uma questão estética. A reinvenção de materiais convencionais, como tijolos de terra crua, é um exemplo de como a sustentabilidade pode ser incluída nos elementos mais básicos da construção. Iniciativas visionárias, como a utilização da cortiça, mostram o quanto é possível reduzir as emissões de carbono e, ao mesmo tempo, construir estruturas mais fortes e duradouras.
Ao utilizar materiais e técnicas de ponta, não estamos apenas a criar casas, mas também a criar um futuro que seja amigo do ambiente, robusto e eficiente.
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